Magazine Luiza na Venda Direta ou no multinível?

Está rolando no mercado a informação de que o Magazine Luiza, está estruturando seu canal de MMN, para lançamento no segundo semestre deste ano.

A Sucesso ainda não conseguiu a confirmação desta informação, pelo sigilo que normalmente é necessário antes do pré-lançamento de empresas, mas existe risco de ser boato.

Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza,  diz que a empresa está no início de um ciclo de expansão “exponencial”.

Ele espera um grande crescimento de receita, lucro e preço da ação muito acima da concorrência, como vem acontecendo há alguns anos e não vê motivos para ser cauteloso. Ele disse que, mesmo depois do salto dos últimos três anos – quando o faturamento quase dobrou e o lucro aumentou 600% –, a companhia está no início de um ciclo de expansão “exponencial”. Em ritmo chinês, como diz o relatório de resultados.

“Em 2016 e 2017, tivemos ganhos de margem. Em 2018, fizemos a transição para esse novo modelo, que abre uma oportunidade de crescimento que não experimentamos no passado”, afirmou.

O modelo é a ampliação do marketplace, em que varejistas parceiros vendem diferentes categorias de produtos pelo site do Magazine. “Isso vai acelerar muito o nosso crescimento”, disse, acrescentando ser muito mais difícil crescer no modelo 1P (venda direta de produtos armazenados pela própria empresa) do que 3P (vendendo produtos de terceiros).

O objetivo segundo Trajano, é “crescimento absoluto”, ou seja, aumentar as vendas e a escala no mercado local, ampliando a receita, o total de clientes e as compras feitas por eles. Outra meta é elevar o retorno sobre o capital investido.

“Ao ganhar escala com o modelo de negócios correto, reduzimos nosso custo fixo. Tão importante quanto isso, cumprimos nosso propósito de aumentar a inclusão digital, tornando mais fácil o acesso a produtos digitais”, disse o executivo.

Aumentar margem de lucro também está nos planos, mas não é o objetivo mais importante. Em 2018, a queda da margem ebitda (geração de caixa) foi o ponto fraco do balanço. A margem de lucro teve alta no ano, mas diminuiu no quarto trimestre. “Não dá para ganhar escala aumentando margem. Mas temos um compromisso de rentabilidade.”

Para Trajano, a expansão do Magazine independe da situação da economia brasileira. “É claro que um PIB mais forte ajuda, mas conseguimos crescer sem isso nos últimos anos. A penetração do comércio eletrônico é pequena no Brasil e a tendência é aumentar, e estamos posicionados para aproveitar isso.”